Se da Guarda Guarda


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Descrição

Na Sé da Guarda encontras um dos mais belos monumentos do seu género, existentes em Portugal encontrando-se classificada como monumento nacional desde 1907. A sua construção remonta aos finais do século XIV, já no reinado de João I de Portugal. As obras arrastaram-se e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, apresentando, por isso, elementos do estilo ogival, gótico e joanino, com pormenores de estilo manuelino. Anteriormente assistiu-se à construção de duas outras catedrais: a 1ª no reinado de D. Sancho I, após a transferência da sede do bispado da Egitania, pelo Papa Inocêncio III, tendo desaparecido sem deixar rasto; melhor sorte não teve a 2ª Sé edificada por D. Sancho II e arrasada por D. Fernando uma vez que se localizava fora de portas, junto à Torre dos Ferreiros e permitia a sua utilização como torreão de assalto pelos inimigos castelhanos. A actual Catedral, durante as invasões francesas, sofreu muitas danificações no seu recheio e na sua arte, especialmente nas talhas e ornamentações interiores, no coro e no órgão. Ainda assim, o estado de conservação é notável uma vez que sofreu obras de conservação: em 1898 coube ao arquitecto Rosendo Carvalheira o restauro do edifício, executando aqui um dos mais importantes projectos de restauro revivalista.


Na tua visita à Sé da Guarda aprecia o estilo de arquitetura religiosa, românica, gótica, manuelista, maneirista e barroca. Na fachada principal, o portal manuelino encontra-se ladeado por duas torres octogonais maciças e em forma de quilha na parte inferior; na fachada sul observa o portal gótico encimado por um brasão episcopal inscrito numa moldura retangular. No lado norte contempla o portal quatrocentista de arquivoltas quebradas, encimadas por um relevo de formato conopial flanqueado por dois brasões e inscrito num gablete rematado por uma arcada cega de seis arcos. Complementam a decoração exterior janelões manuelinos, pináculos nos contrafortes, gárgulas de variados tipos, platibandas rendilhadas decoradas com flor-de-lis e molduras marcando diferentes pisos.


No interior, observa as três naves, transepto saliente e cabeceira tripartida e verifica o desnível de terreno do portal principal para a capela-mor, o que obrigou a que o espaço dos tramos das naves não seja idêntico e regular, facto que atesta a qualidade do projecto arquitectónico seguido. Na capela-mor conserva-se o imponente retábulo escultórico maneirista, da autoria de João de Ruão, e que corresponde a uma hierarquia do espaço celeste. Ainda neste espaço podes observar o cadeiral barroco, com duas ordens de cadeiras ornadas por espaldares. No pavimento existem inúmeras lajes sepulcrais, muitas delas com ornamentação heráldica, datando do século XIV.

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Características

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